CAPÍTULO 4 - Imaginas Que Estou Morto

 

Na semana seguinte, Harry teve estranhos sonhos à noite, sempre com Snape. Snape e seu rosto pálido, cadavérico, aproximando-se, tocando-o com suas mãos hábeis, enlaçando-o e... cravando-lhe as presas agudas ao pescoço. Acordava suando frio e sentindo um profundo vazio na alma. Depois, durante o dia, não conseguia parar de pensar nele.

Só o reviu, no entanto, quando as aulas reiniciaram, uma semana depois. Naquele ano, Harry iria cursar apenas Defesa Contra as Artes das Trevas, Transfiguração, Encantamentos, Poções, Trato das Criaturas Mágicas e Herbologia - ele conseguira tirar a nota máxima em Defesa Contra as Artes das Trevas e Transfiguração e, por incrível que pareça, Poções, e nota suficiente para passar em Encantamentos, Trato das Criaturas Mágicas e Herbologia.

A primeira aula de Poções foi uma verdadeira tortura. Era como se Snape e Harry estivessem imantados, e o campo de força que os ligava era perceptível, sensível.

~* ~* ~

É como se ele me hipnotizasse. É como nas histórias de vampiros, ele me atrai com a sua mera presença. Eu preciso descobrir por que isso acontece. Não é normal.

~* ~* ~

A segunda aula foi pior ainda, porque o fato de Harry já esperar as reações as intensificava ainda mais. Harry saiu da aula decidido. Aquilo não podia continuar. Se o que ele imaginava era verdade - e as pesquisas que fizera na biblioteca durante aquela semana pareciam confirmá-lo - talvez Snape pudesse ser... convencido. A palavra correta, pensou Harry com um certo sentimento de culpa, seria "manipulado". Afinal, o chapéu não dissera que ele tinha muitas qualidades de Slytherin?

~* ~* ~

- Você é um vampiro - disse Harry, depois que a porta do escritório de Snape se abriu e ele conseguiu entrar e retirar a capa de invisibilidade.

A surpresa se refletiu no fundo dos olhos negros por um instante. Então o sorriso sarcástico de sempre se estampou nos lábios do professor.

- Essa piada é muito velha e não tem graça nenhuma, sr. Potter.

- Deixe de conversa fiada. Eu sou um idiota, mas não tão idiota assim. Aquela fantasia... O sangue... Sabe quantas vezes sonhei com isso depois? E eu sonho que estou me transformando em um vampiro também.

- Você mesmo me viu comer. Já me viu várias vezes ao sol, também. E ali mesmo, naquele espelho à sua esquerda, você pode ver o meu reflexo.

- Não interessa. Não sei como você consegue fazer essas coisas sendo um vampiro, mas que você é, é.

- Acho que conversamos tudo o que tínhamos para conversar. Agora saia.

- Não!

Snape segurou-lhe os ombros com força, disposto a arrancá-lo dali nem que fosse à força. Mas, assim que sentiu as mãos do professor sobre si, Harry se jogou em seus braços. Por um instante, Snape fechou os olhos, e não conseguiu articular nenhuma palavra.

Enfim, conseguiu reunir forças para afastar e repreender o aluno, tentando entender e não se deixar dominar pela estranha mescla de sensações e emoções que o assaltava e que ameaçava a sua capacidade de controle.

- Potter! Você enlouqueceu?

- Por favor...

Snape o empurrou até uma poltrona.

- Sente-se aí e explique-se. - Snape lhe indicou uma poltrona. Vendo o aluno se sentar, foi até um armário e retirou uma garrafa de Firewhisky. Pegou dois copos, e serviu a bebida. - Tome. Talvez se sinta melhor. - Sentou-se em outra poltrona, perpendicular em relação à outra. - Você está passando por uma fase difícil.

- Ah, não me venha com essa história de adolescência, de hormônios e tal!

Os lábios do professor se curvaram de leve, num esgar. Conteve-se para não mencionar a tendência do garoto a rejeitar sistematicamente a expressão da verdade. Afinal, aquele não era o melhor momento para uma briga. Não antes que ele pudesse esclarecer o que se passava na cabeça do garoto.

- Então qual é a sua explicação?

- Er... Sabe, é mesmo difícil de explicar. Eu nunca senti nada mais profundo por ninguém. Meus pais devem ter me amado... Acho que sim, porque minha mãe morreu para me salvar. Mas eu não os conheci. Gosto dos meus amigos, mas... A verdade é que nunca tive nenhum sentimento mais profundo por eles. Nem a Sirius eu amava realmente, até... Só quando ele morreu eu comecei a amá-lo...

- Há um nome para isso, Potter: necrofilia. Você é um necrófilo. Só consegue amar os mortos.

- Muito bem. Sou um necrófilo. Cole o rótulo em mim e me coloque numa dessas prateleiras, junto com seus frascos nojentos. Mas em que isso me ajuda? O que posso fazer?

- Acontece, Potter, que eu estou vivo. Não posso lhe dar o que quer. Se quiser, posso lhe indicar um cemitério...

- Chega, esse sarcasmo todo não vai levar a lugar algum, só vai nos fazer perder tempo.

- De qualquer forma, estamos perdendo tempo. O seu lugar é em St. Mungo.

- Ah, sim. E você? Onde é o lugar para os vampiros?

Snape segurou sua varinha com força, e Harry empalideceu.

- Tudo bem, desculpe - murmurou Harry. - É que você me tira do sério.

- De uma vez por todas, menino: eu não sou um vampiro. Se esse era o seu sonho romântico de necrófilo, pode esquecer.

Harry baixou os olhos, nitidamente decepcionado. Snape sabia que devia mandá-lo embora, que aquele seria o momento ideal para isso. Mas ver Harry Potter ali, cabisbaixo, derrotado, à sua mercê... Era quase irresistível.

- Eu tenho certa experiência com necrófilos - disse ele, em tom sugestivo.

- Aposto que sim!

- É claro que, a mente humana sendo um componente extremamente complexo, todos, sem exceção, temos tendências necrofílicas. Mas, no seu caso, eu me arriscaria a afirmar que a intensidade das tendências que você está revelando não se coaduna com a estrutura mental de um mago da luz.

- Er... quer traduzir para mim, por favor?

- Mais uma vez, vejo que minhas suspeitas iniciais se confirmam. Dumbledore está enganado a seu respeito. Você não é estritamente um mago da luz, como ele pensa.

- Não?

- O maior necrófilo que conheço, você já deve imaginar, é o Dark Lord. Eu arriscaria dizer que você revela um potencial de necrofilia semelhante ao dele. Apenas em estado embrionário, espontâneo, não cultivado pelas artes da magia negra.

- Você está dizendo que eu sou um mago das trevas?

- Não coloque palavras em minha boca. O que estou dizendo é que você revela um forte potencial para a magia negra. E não me faça repetir isso de novo, sim?

- E... o que eu faço com isso?

- Logo você terá de escolher o caminho a seguir.

- Mas é assim, branco ou preto, não tem nada no meio?

- Há infinitos caminhos, infinitas tonalidades, sr. Potter. Cada um escolhe o seu. A escolha sempre será sua. Mas não se esqueça de que uma escolha determina as demais.

- Não há volta possível?

Snape suspirou.

- Pode-se voltar, sim, mas não pense que se pode apagar as marcas deixadas pelos caminhos escolhidos anteriormente.

- Mas eu... eu não quero seguir o caminho de Dumbledore. Não confio nele. Ele nos faz de escravos. Faz você de escravo, obriga você a continuar espionando para ele. Sempre me tratou como um reles peão de jogo de xadrez. Forçou-me a morar com uma família Muggle que desprezava os magos. Você sabe disso. Você viu nas aulas de Oclumência.

O professor assentiu, fitando o aluno com o mais profundo interesse.

- E que caminho você imagina seguir, então?

- Não sei! Eu queria ser um vampiro. Pensei que você fosse um. Seria perfeito, se você fosse.

Uma sobrancelha negra se ergueu por um instante. Mas logo as feições do mago mais velho recuperaram a inexpressividade.

- Você não tem a menor idéia do que é um vampiro, tem?

- Oh, eu fiz um ensaio para Remus no terceiro ano.

Snape fez uma cara de menosprezo. Harry prosseguiu:

- E essa semana eu li tudo o que pude encontrar na biblioteca. Mas há muitas informações contraditórias.

- Não é brincadeira, Potter. Precisar de sangue cotidianamente para sobreviver. Ter de conviver com a possibilidade de atacar as pessoas próximas e vampirizá-las. E já imaginou a solidão, o isolamento, de quem sabe que viverá eternamente, e verá tudo o que o cerca perecer constantemente?

- É assim que você se sente, não é?

- Não diga tolices!

- Se você fosse um vampiro, e se você me transformasse, nós faríamos companhia um ao outro.

Por um breve segundo, o queixo de Severus Snape caiu.

- O que... Que delírio é esse, Potter? É melhor não tomar mais esse Firewhisky, você não está acostumado, não é?

- Não, eu não estou bêbado. É que eu já me sinto tão sozinho quanto esse vampiro de que você me fala. Não há mais ninguém no mesmo barco que eu, entende? Não há... não há uma poção que ajude a controlar os sintomas de vampirismo, como a Wolfsbane para os lobisomens?

Severus se levantou de súbito, e andou pelo salão sombrio. O que o menino estava falando? De onde lhe haviam vindo aquelas idéias? E Harry continuava:

- Se houvesse essa poção, tudo seria perfeito. Nós seríamos imortais, e poderíamos controlar os sintomas. Voldemort estaria perdido. E nós teríamos um ao outro.

Snape esforçou-se por ignorar a última parte da declaração do aluno.

- A Wolfsbane não elimina os sintomas; só permite que a mente humana permaneça consciente durante a transformação. - Snape arqueou uma sobrancelha. - E é verdade que os vampiros são imortais, apesar de todas as crendices que os cristãos espalharam dizendo o contrário. Mas há um jeito de se prender o vampiro à sua forma animal.

- Então os vampiros viram mesmo morcegos? E há um jeito de impedir que recuperem a forma humana?

- Precisamente.

- Eu não me importaria de virar morcego. Deve ser uma sensação maravilhosa, ter todos aqueles novos sentidos, e voar à noite, livre...

- Mais sonhos românticos. Você não faz idéia da tortura que é uma transformação, a modificação de todos os seus sentidos em um rápido período de tempo.

- Vê? Você fala como se soubesse... Acho que você mentiu para mim. Acho que você É um vampiro. Por que não me conta? Por que não me dá uma chance?

Naquele estranho instante, tudo parecia adquirir uma aparência de irrealidade, de sonho. Snape se sentou novamente na poltrona a menos de um metro de Harry. Seus olhos estavam turvos.

- Você não sentiria nojo de estar perto de uma criatura assim?

- Não! Por que diz isso? O que há de errado em ser um vampiro?

Snape baixou os olhos.

- Ah, entendo, todos esses preconceitos dos Death Eaters, não é, falando em sangue puro tal... - disse Harry, sentindo-se um pouco Hermione por estar fazendo aquele discurso. - Um vampiro para eles deve ser como um animal, um verdadeiro lixo. Você acredita em todas essas baboseiras?

- Não é questão de acreditar. O preconceito é real. A sociedade o impõe a todos.

- Se sabe disso, por que você trata Lupin dessa forma? Como se ele não fosse humano como nós?

Snape congelou e fuzilou-o com os olhos.

- Minhas relações com Lupin não estão em questão.

- Desculpe. Eu não devia ter tocado nesse assunto. A gente até que estava indo bem até agora, não é? Eu quero... fazer um pacto com você. Porque... se tivéssemos essa poção... o mundo seria nosso!

- "Nosso"! O que significa "nosso"?

- Meu e seu. Você me daria a imortalidade, e eu derrotaria Voldemort.

- Você está louco, totalmente louco.

Harry se levantou e se aproximou da poltrona de Snape. Em um rápido movimento, sentou-se no colo do mago mais velho. Segurou-lhe o rosto entre as mãos e se inclinou para o beijo. Trêmulo, Snape o agarrou, quase com violência.

- Pare com isso! O que quer de mim?

- Se você não quiser, não precisa usar as algemas e as correntes - respondeu Harry, com um ar zombeteiro.

- Não é só isso. Essa sua fixação em sangue, essa história de vampiro...

- Tem medo que eu o morda?

- Você... não se arriscaria tanto, se arriscaria? Se realmente estudou a respeito dos vampiros, sabe que às vezes basta provar uma gota de sangue para ser transformado.

- Então você é mesmo um vampiro! Eu sabia!

- Eu só estava falando hipoteticamente. De qualquer forma, é melhor você ir embora. Não vou participar de nenhum joguinho seu, está entendendo?

- Que joguinho? Do que está falando? Não tem joguinho nenhum. Agora quem está sendo idiota é você.

- Eu não jogo mind games, nem mind fucking está entendendo? Nenhum jogo de poder.

- Ahn?

- E se está achando que eu vou realizar aquela fantasia do outro dia, está muito iludido.

- Eu já disse, não precisa usar as algemas.

O mago mais velho meneou a cabeça.

- Também não vai haver nenhum sangue envolvido nisso.

- Por que não?

- Por que não é saudável ficar derramando sangue humano por aí, sr. Potter! Além disso, posso lhe garantir que não tenho presas para transformá-lo.

- Ah, eu li que o Ministério da Magia faz uma operação de retirada das presas dos vampiros que não querem viver nas chamadas "áreas livres para vampiros". Mas eu não acho que você deixaria que fizessem isso com você. Eu acho que você inventou uma poção que elimina todos os sinais externos típicos de um vampiro.

- Você criou toda uma história a meu respeito, não? Quer me explicar, então, como eu poderia transformá-lo, se não tenho presas?

- Se você não tomar a poção durante certo tempo, provavelmente todos as características físicas voltarão.

- E por que eu faria isso? Se um professor transformar um aluno, ele nem vai para Azkaban, vai direto para o beijo do Dementor!

- Mesmo que eu assinasse um papel dizendo que é de minha livre e espontânea vontade?

- Você é menor de idade, esse papel não valeria nada.

- Mas há um jeito mais fácil! Eu me esquecia: se eu o morder, você não poderá ser culpado.

- Depende. De qualquer forma, eu seria julgado. E eu não sou uma das figuras mais caras ao Ministério.

- Mas eu sou Harry Potter, o Garoto Que Sobreviveu. Eles acreditarão em mim.

- Acreditarão que eu fui uma vítima indefesa? Talvez sejam necessárias várias mordidas até você adquirir o vampirismo. Isso varia de pessoa a pessoa. Como explicaríamos isso?

Harry recostou a cabeça junto ao peito de Snape, e sussurrou:

- Você não está entendendo. Você só fica colocando empecilhos, mas não vê a dimensão do que eu estou lhe propondo. Eu quero ficar com você... para sempre.

Um calor intenso se espalhou pelas veias do mago mais velho. Lutando para conter essas emoções, Snape agarrou-lhe os ombros, com força.

- Você não sabe nada, menino. Você é uma criança. Está brincando com fogo. - Algo semelhante ao pânico refletiu-se nos olhos negros normalmente inexpressivos. - Para você, isto é só mais uma fantasia.

- Se é uma fantasia, é uma daquelas que é para sempre - respondeu Harry, com gravidade.

Snape sorriu com amargura.

- Você tem dezesseis anos. Não sabe que a vida é apenas uma longa seqüência de fantasias e que "para sempre" é uma palavra... absurda. Quando eu tinha 16 anos, também achava que algumas coisas eram para sempre - Snape ergueu o braço, indicando a marca das trevas.

- Pode ser que seja como você diz, mas tudo o que você viveu, todo o seu passado, inclusive como Death Eater, faz parte de você agora. E eu respeito essa pessoa que você é hoje. Talvez você tenha errado ao seguir a sua fantasia aos 16 anos, mas pelo menos você foi atrás do que queria. Depois teve a coragem e a força de voltar e, bem, mesmo que o que você escolheu aos 16 tenha sido um erro, isso o tornou uma pessoa... sei lá... mais rica. E por causa disso você pôde salvar muitas vidas e aprendeu coisas que poderão salvar outras vidas ainda.

- Belo discurso. Muito comovente. Se quiser, eu o apresento ao Dark Lord como um candidato a juntar-se às suas fileiras. Mas não me envolva em seus planos absurdos.

- Está bem, então eu não vou mordê-lo.

Harry puxou o braço do professor até seus lábios, e depositou um beijo sobre a marca das trevas. Snape estremeceu. Harry recostou-se novamente junto ao peito de Snape e começou a acariciar-lhe o tórax por sobre o manto. Era de enlouquecer e só ficou pior quando o polegar de Harry encontrou um mamilo e passou a dedicar-se exclusivamente a ele. Snape sentiu-se enrijescer sob o toque, Então o garoto procurou novamente os lábios do mago mais velho, que dessa vez se abriram para acolhê-lo. Cerrando os braços ao redor do professor, Harry comprimiu-se contra o seu corpo, descansando as mãos sobre as costas de Snape, alisando-lhe a pele. Quando a ávida língua de Harry penetrou a boca de Snape, o beijo se tornou uma exploração sensual e arrebatada, doce e terna ao mesmo tempo. A forma como Harry o beijava, apossando-se de seus lábios com firmeza e segurança, ah, era de arrepiar. Snape gemeu e fechou os olhos. Permaneceram colados um ao outro, os corpos se amoldando um ao outro, descobrindo-se um ao outro. Snape mergulhou os dedos por entre os cabelos rebeldes do garoto.

Eles poderiam ter passado uma eternidade assim, beijando-se sem parar enquanto as sensações os invadiam loucamente e subtituíam todos os pensamento por um desejo intenso. Com um suave gemido, Harry brincava com a língua de Snape, sugando-a, depois invadindo-lhe novamente a boca. O coração de Snape batia cada vez mais rápido. Começou a acariciar os quadris e o traseiro do garoto. Um arrepio percorreu-lhe a espinha: era como se quisesse sempre mais do menino, como se não conseguisse largá-lo.

Enfim, Harry descolou os lábios de Snape e sussurrou:

- Agora vamos para o sofá, está bem?

Snape se deixou conduzir até o espaçoso sofá vitoriano. Então, hesitante, encarou Harry com gravidade:

- Você... já fez isso antes?

- O quê?

Snape o fuzilou com os olhos, exasperado. Harry achou mais prudente responder.

- Não. Só na sua fantasia.

Snape fez uma careta de puro desespero. Mas Harry começava a se divertir abrindo-lhe os botões do manto. Em meio ao longo processo, Harry o beijou outra vez. Desta vez, um beijo terno, reverente. Surpreso, Snape retribuiu com a mesma suavidade.

- Oh... Como eu odeio você! - murmurou Harry, de olhos vidrados.

Foi o que bastou para Snape puxá-lo para si e tomar-lhe os lábios num beijo arrebatado. As roupas começaram a ser jogadas para longe, uma a uma. Que se danassem os botões. Em algum momento, os óculos de Harry também saíram de cena. Nenhum dos dois saberia dizer exatamente como. Em nenhum instante, eles paravam de se tocar. Mãos e pernas se entrelaçavam. De repente, os corpos se encontraram em toda a extensão, diretamente pele a pele, sem mais nenhuma roupa a estorvá-los. Os dois gemeram ao mesmo tempo.

 

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Ptyx, Fevereiro/2004