CAPÍTULO 13 - Nao Obedecerei Mais!

 

"Precisam os generosos tremerem e abandonarem a alegria para os ociosos, para a peste
Que zomba deles? Quem ordenou isto? Que Deus? Que Anjo?
Manter os generosos longe da experiência até que os não-generosos
Atuem sem rédeas sobre as energias da natureza;
Até que a piedade se transforme em comércio, e a generosidade em ciência
Com a qual os homens enriquecem; & o deserto arenoso seja dado aos fortes?
Que Deus é este que escreve leis de paz e se veste com uma tempestade?
Que Anjo piedoso cobiça as lágrimas com luxúria e se deleita com suspiros?
Que vilão rastejante prega a abstinência e se cobre com
A gordura das ovelhas? Não seguirei mais, não obedecerei mais!"

(América, William Blake)


Na quarta-feira seguinte, a última do mês de maio, os dois voltaram à Sala da Requisição.

- Estou falando sério: quero parar - declarou Harry.

- Junho está chegando Harry. Eu não devia fazer isso, mas a sua teimosia vai me obrigar a um ato condenável. Vou lhe contar algo que é ultra-secreto: o Dark Lord planeja atacar Hogwarts ao final do período letivo. Não podemos parar agora.

- Me desculpe, Severus, mas se é para obter informações como esta que você está arriscando a pele... Todo mundo sabe que sempre em junho Voldemort tenta me matar! Faz parte do ciclo biológico dele!

- Mais uma vez você se vê como o centro do universo. Ele não vai tentar matar *você*. Vai atacar Hogwarts.

- Então eu vou atrás dele agora e vou desafiá-lo para um duelo de vida ou morte. Assim ninguém mais morre nessa história.

Snape gemeu.

- Sempre a mania de heroísmo! Eu não devia ter falado.

- Eu ia ler em sua mente, de qualquer forma.

- É óbvio. Como eu poderia pensar que o Garoto de Ouro pudesse agir de outra forma. É claro que você vai fazer exatamente o que esse seu cérebro oco lhe mandar fazer, é sempre assim. Mas pense, pela primeira vez em sua vida, pense! Será que é pedir muito? Não é melhor aproveitar o tempo até o final de junho e se preparar melhor para esse duelo?

- E colocar a sua vida em risco? De jeito nenhum.

- Harry...

Um longo silêncio dominou a Sala. Harry mantinha a postura decidida, inflexível. Snape parecia imerso em profunda reflexão. Por fim, falou:

- Harry... Não precisa se preocupar em colocar a minha mente em risco. Isso não vai acontecer... porque eu não vou mais resistir.

Harry repetiu, como que tentando absorver o significado daquelas palavras.

- Não vai mais resistir...

- Se é você que é o mais forte, e se eu... enfim, Harry, eu não posso dizer que eu confio absolutamente em você, porque não está em minha natureza confiar absolutamente em ninguém, mas agora eu o conheço o bastante para saber o que esperar de você, e acho que resistir é a pior opção.

- Mas... eu não quero que você escolha entre mim e o seu emprego, entre mim e Dumbledore, entre mim e a sua dignidade ou a sua liberdade. Não quero.

- Não entende que nada disso faz mais sentido? Se Hogwarts for destruída, eu não terei mais emprego. E Albus cairá junto com Hogwarts. Talvez eu morra nessa batalha, e aí nada disso importaria mais. Mas se eu sobreviver a isso tudo e não tiver Hogwarts, nem Albus, nem você, de que adiantaria? Minha vida não teria mais sentido.

- Não estou entendendo. Você está se sacrificando por nós, é isso?

Snape estendeu a mão para Harry e o puxou para si.

- Me sacrificando? Harry... Eu quero você. De todas as formas possíveis.

- Oh, Sev.

Harry abraçou-o, Severus o apertou contra si e enterrou o queixo na curva do pescoço do garoto, falando-lhe quase num sussurro:

- Não há mais sentido em fugir disso. Nossos corações, nossas mentes, nossa magia, estão perfeitamente afinados. É insano querer separar nossos corpos de tudo o mais. Você viu o que aconteceu quando eu tentei resistir. Não foi culpa sua. É que, quando se atinge um estágio de perfeita integração como o que atingimos, se o desejo sexual também está presente, é uma violência contra nós mesmos, em todos os sentidos, querer separar nossos corpos de tudo o mais. É loucura. E eu prefiro perder meu emprego, minha reputação e até minha liberdade a perder a sanidade.

Harry recuou um pouco a cabeça para fitá-lo.

- O mundo mágico nos autoriza a matar ou morrer. Nos dá autorização até para enlouquecermos. Só o que não podemos é fazer amor e sermos felizes, não é? Mas você tem certeza de que vai querer enfrentar a tudo e a todos?

- Tenho - disse Snape, impaciente. - Vamos reforçar os wards. Não sei se seremos capazes de manter Albus afastado. Sozinho eu nunca fui capaz. Mas com a magia conjunta, quem sabe...

Aplicaram vários encantos de reforço da segurança, e também Feitiços de Proteção. Durante toda essa operação, a mente dos dois se mantinha em sintonia.

A Sala de Requisição respondia também em sincronia com seus desejos. De repente, eles se viram diante de uma cama vitoriana de nogueira, de quatro colunas, com painéis duplos em arco chanfrado; uma colcha de veludo azul safira (azul, porque não poderia ser verde nem vermelha) e fronhas combinando.

- Nox - disse Severus, fazendo com que a Sala ficasse iluminada apenas por um abajur vitoriano estrategicamente colocado sobre uma igualmente victoriana mesinha de cabeceira.

Então Severus puxou Harry novamente para si.

- Onde foi que paramos?

Harry enlaçou-lhe o pescoço e esticou-se para capturar-lhe novamente os lábios. Snape o agarrou firmemente com os dois braços e, empurrou-o para a cama, deitando-se sobre ele. Então interrompeu o beijo e afastou um pouco a cabeça, fitando o menino com um olhar tão intenso que parecia incendiá-lo, mas procurando se conter.

- Tem certeza, Harry, de que é isso o que deseja?

- Tenho.

- Você já fez isso antes?

- Er... Não.

Snape respirou fundo.

- Então... Vamos ter de ir devagar. Com a Afinidade Mágica, essa experiência pode ser intensa demais, para nós dois. É melhor a gente ir se acostumando aos poucos... um com o outro... e com os efeitos da Afinidade Mágica. Vamos aprender juntos, Harry.

O olhar que Harry lhe dirigiu nesse momento o fez sentir um frio no estômago. Roçou os nódulos dos dedos no rosto do menino, depois fez com que ele abrisse as pernas para ali se acomodar, pressionando-lhe suavemente o membro rígido e ereto. Ele também já estava totalmente rígido. As ondas de magia os envolviam, fluindo de um para o outro.

- Oh! Isso é tão bom... Você não vai tirar essas roupas todas?

Harry começou a desabotoar-lhe os botões superiores do manto.

- Ah... Você vai ter que ter paciência. Isso vai levar horas... - disse ele, vendo que o menino tentava desesperadamente apressar o processo.

O desejo venceu, no entanto, o instinto sádico, e Snape decidiu ajudá-lo. Tirou primeiro os próprios sapatos, depois os de Harry. Então, ajoelhados sobre o cobertor azul safira, os dois começaram a abrir a série interminável de botões. Quando suas mãos roçavam, uma breve faísca mágica se acendia. Quando conseguiram se livrar do manto, viram-se diante de mais botões. Snape o deteve para, antes, tirar o manto, a camiseta e a calça de Harry, deixando-o apenas de cuecas. . A visão do corpo adolescente fez com o coração de Snape parar de bater por um instante. Aquele era Harry Potter, e ele iria ser... seu. Quando Severus Snape poderia imaginar algo assim? Abraçou-o com força, percorrendo-lhe as costas com mãos ávidas, e colou novamente os lábios aos seus. Ao mesmo tempo, Harry lutava desesperadamente contra os botões da camisa. Quando interromperam o beijo, Harry pôde, enfim, tirá-la, revelando os músculos bem delineados e, entre várias cicatrizes mais fracas espalhadas por todo o corpo, a Dark Mark. Snape tentou ler nos olhos do menino as emoções que ali se refletiam, temendo ser rejeitado. Mas os olhos de Harry espelhavam apenas um desejo cada vez maior e uma profunda reverência.

- A marca... não assusta você?

- Não. Posso tocá-la?

Snape aproximou o braço do menino.

- Houve um tempo em que eu quis arrancá-la daí. Não a considerava parte do meu corpo.

Harry passou os dedos de leve sobre a marca da caveira e a cobra. Snape estremeceu. A descarga de magia se intensificou. Harry baixou a cabeça e depositou um beijo sobre a marca.

- Para mim, ela *faz* parte de você. Quando eu o conheci, você já a possuía. E a sua história é parte de você.

- Eu sei, mas isso não era um pensamento muito agradável para mim.

- E agora?

- Agora? Agora você está aqui. E é só isso que me importa.

Enfim, Snape se livrou das calças pretas. As cuecas cinza-carvão seguiram o mesmo caminho, revelando o membro já ereto. O olhar de Harry revelava fascínio e timidez ao mesmo tempo. Snape retirou-lhe os óculos e depositou-os sobre a mesinha de cabeceira. Então agarrou Harry e o deitou novamente na cama. Com cuidado, retirou-lhe a cueca. Então se deitou sobre ele, ajeitando-se para não esmagá-lo sob seu peso. A sensação dos corpos se tocando em toda a sua extensão era quase demais para suportar. As ondas de magia fluíam incessantemente, criando efeitos multicoloridos, e era como se não houvesse mais barreiras entre seus pensamentos. Em conseqüência, um estranho efeito começou a se manifestar: cada um deles sentia em seu próprio corpo o que o outro sentia, o que intensificava ainda mais o desejo e o prazer.

A mão quente de Snape cerrou-se em torno do membro ainda mais quente de Harry.

- Oh, Sev. É tão bom - disse Harry, e imitou o gesto do parceiro, envolvendo-lhe o membro completamente com a mão.

Por um instante, Snape parou de respirar. Quando conseguiu respirar de novo, passou os dedos da outra mão pelos ombros, costelas, pelos quadris de Harry, depois pela pele delicada de suas coxas e, enfim, pelo traseiro macio. Ao mesmo tempo, dava-lhe pequenas mordidas no pescoço. Voltou-se, então, ao tórax, abocanhando um dos mamilos, lambendo-o, mordiscando-o, assoprando-o de leve. Cada um desses gestos se refletia sobre seu próprio corpo, levando-o à loucura.

- Oh! - era tudo o que Harry conseguia dizer, contorcendo-se, arqueando-se em sua direção.

Maravilhava-se ao ver como Harry era sensível, como reagia a cada carícia. Maravilhava-se com a testura de seu membro, macio e rígido. Snape comprimiu o membro contra o do amante, segurando-os um contra o outro. A resposta de Harry, impelindo-se contra ele ritmicamente, fez com que a onda de desejo que o invadia se tornasse mais forte do que qualquer coisa que já houvesse sentido, pois o fato da magia dos dois se combinar ampliava as sensações ao máximo. Seu corpo queimava e se contraía de prazer. Chegava a ser assustador sentir-se em êxtase apenas por estarem se esfregando um contra o outro.

- Duelo de varinhas - disse Harry, com um sorriso tolo nos lábios.

- Ahn, Harry, isso é clichê demais. O pior de tudo é que nós vamos gozar juntos. Não podemos evitar.

Harry quase não conseguia articular mais as palavras.

- Você não é... nada... romântico.

Com um gemido, Snape capturou-lhe os lábios novamente e, sugando-lhe a língua, deixou-se arrastar cada vez mais para o vórtice de paixão e magia. Os membros eretos roçavam um contra o outro em um ritmo cada vez mais intenso.

- Severus - murmurou Harry, quando seus lábios se descolaram.

Ao ouvir o seu nome pronunciado daquela forma pelo amante, Severus, enfim, se entregou ao vórtice. Em meio ao clímax, violento e prolongado, também ele pronunciou o nome do amante.

- Harry...

Sentir o corpo de Harry tremer contra o seu, em um clímax igualmente avassalador, ampliava a emoção a um nível quase insuportável.

~*~*~

Por um longo tempo, ficaram abraçados, olhando para o teto, onde brincavam de projetar um céu estrelado, cometas, nebulosas.

- Venha para baixo das cobertas - disse Snape, depois de pronunciar um encantamento para eliminar o sêmen de seus corpos e do cobertor. - Se você não voltar para o dormitório, alguém vai notar?

- É claro que vão. Ron vai ficar preocupado, e talvez vá falar com McGonagall.

- McGonagall falará com Albus, e Albus sabe que estamos aqui.

- Eu quero ficar e dormir com você - disse Harry, aninhando-se junto ao corpo do amante.

Por um momento, Snape ficou sem fala. Aquilo era uma loucura, mas o que não era uma loucura entre eles? Então ele se sentou na cama, abruptamente.

- Espere aí. Eu vou falar com Albus.

- O quê? Você enlouqueceu?

- Menino idiota, só agora você notou? Ajude-me a liberar os wards para eu fazer uma comunicação por Floo.

Meneando a cabeça, Harry colocou os óculos e obedeceu. Snape vestiu, apressado, o manto - só o manto -, atrapalhando-se todo com os botões. E jogou o manto de Harry a ele para que o vestisse. Em seguida, dirigiu-se à lareira que acabara de aparecer na Sala da Requisição. Harry, já vestido, aproximou-se, e os dois lançaram o Floo powder. Suas cabeças mergulharam no turbilhão de chamas verdes, emergindo na sala do Diretor.

- Severus! Harry! Vocês estão bem?

- Estamos.

- Vocês estão transbordando magia! E a carga de magia aí nessa Sala seria suficiente para derrubar Hogwarts, se vocês não a houvessem isolado!

- Eu sei. Albus, nós vamos passar a noite aqui. Não podemos sair daqui com esse nível de magia. Precisamos... descarregar.

- Entendo...

- Por favor, arranje uma desculpa e avise Minerva. E peça-lhe que avise Weasley que... sei lá, que Potter está em uma missão importante, ou coisa parecida, e que ele não precisa sair por aí fazendo bobagens.

- Está bem. Cuidem-se, meninos. E tenham bons sonhos - desejou-lhes Albus, em tom levemente irônico.

Snape resmungou um palavrão baixinho, e suas cabeças retornaram à Sala da Requisição.

- Ele sabe. - Os olhos de Harry estavam arregalados. - Ele sabe, Sev! E não disse uma palavra!

- Talvez tudo isso já estivesse nos planos dele - observou Snape, sarcástico. - Mas não se preocupe com isso agora. Vamos reinstalar todos as proteções, está bem?

~*~*~

Livraram-se novamente dos mantos, dessa vez sem maiores rituais, e entraram debaixo das cobertas, aconchegando-se nos braços um do outro.

- Então você só se aproximou de mim porque Dumbledore mandou, não foi?

- Isso é algo óbvio. Não sei por que você pergunta. Você passeia à vontade pela minha mente!

- Com a magia também é assim, não é, não há mais barreiras entre nós. Sev... vai ser sempre assim, quando estivermos juntos? A gente vai sentir o que o outro está sentindo também?

- Você gostou? Foi meio confuso, não é? Incontrolável. Vai ficar melhor. A gente vai aprender a controlar, a direcionar o que a gente quer que passe para o outro e o que a gente não quer.

- Melhor ainda? Oh.

O membro de Harry deu novo sinal de vida. Severus ergueu a cabeça e o fitou.

- Ah, a maravilha de se ter dezesseis anos! E o pior é que eu sou obrigado a sentir o mesmo!

- Pobre Severus - disse Harry, friccionando-se contra ele.

Severus contornou-lhe a orelha com a língua, depois concentrou-se no lóbulo. Harry se contorcia.

- Sev... Eu quero ouvi-lo dizer o que estou lendo agora em sua mente. Quero ouvir sua voz...

Severus se instalou entre as pernas de Harry, como da primeira vez, e sussurrou-lhe ao ouvido, sempre mantendo a fricção:

- Harry... até agora o sexo, para mim, havia sido apenas uma arma, que eu usei contra os outros ou que foi usada contra mim. Eu nunca havia feito amor com ninguém. Você é meu primeiro amante de verdade. Eu quero fazer você enlouquecer de prazer.

Severus desceu pelo pescoço, lambeu-lhe um mamilo, depois o outro, e continuou descendo do tórax liso, quase sem pêlos, pela linha do umbigo até o local onde despontavam os primeiros pêlos negros,

- Oh! Por favor... - gemeu Harry.

- Agora é a sua vez. Me diga o que quer.

- Quero... a sua boca.

- A minha boca... onde? - perguntou Severus, torturando-o.

Harry segurou-o pelos cabelos e empurrou-o até o membro ereto.

- Aqui.

Severus abaixou a cabeça e roçou a face no membro ereto. Acariciou-lhe delicadamente o períneo com os polegares. Harry estremeceu e todo o seu corpo se arqueou na direção do amante.

Enfim, Severus abriu a boca e lambeu-lhe lentamente a glande. O cheiro e o sabor de Harry o invadiram ao mesmo tempo em que sentia no próprio corpo o reflexo de suas próprias carícias no corpo do jovem amante. Aquele era Harry, o seu Harry. A mais preciosa de todas as poções que já experimentara. Lambeu o membro em toda a sua extensão, fazendo Harry se contorcer incontrolavelmente. Então, voltou novamente à glande, contornou-a com a língua. Gemia ao mesmo tempo que Harry, pois todas as sensações retornavam a ele. Lutando para manter o controle, foi descendo pelo membro do amante, acabando por englobá-lo totalmente. Lambia e sugava, deslizando os lábios e a língua por toda a extensão. Uma de suas mãos bombeava agora o próprio membro, enquanto a outra continuava a massagear o períneo de Harry. Snape subia lentamente pelo membro, sugando-o, e depois, envolvendo-o em calor e umidade, descia até a base. O menino se agarrava ao cobertor com toda a força.

- Sev... Eu... eu vou gozar.

Snape segurou-lhe os quadris com força enquanto seu próprio membro pulsava, à beira do clímax.

- Eu sei - disse ele, em voz gutural.

As ondas de prazer e magia se mesclaram e os dominaram ao mesmo tempo, engolfando-os totalmente.

~*~*~

Enquanto isso, no escritório de Snape, o espelho de cristalomancia passava a exibir imagens, incrivelmente nítidas, de uma floresta cerrada onde se ocultava uma gruta. Diante de sua entrada, surgia, resplandescente, o Graal. Severus e Harry se aproximavam dele.

O Graal não lhes perguntou nada -- a pergunta não era necessária, pois Severus e Harry já sabiam a resposta. Os dois seguraram o Graal e, sempre juntos, beberam o vinho encantado que continha.

 

FIM

(continua em Baphomet II)

 

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