Hook subiu na pedra para respirar ao mesmo tempo que Peter escalava o lado oposto. A pedra estava escorregadia como uma bola e os dois engatinhavam, mais do que propriamente escalavam. Nenhum dos dois sabia do outro, e cada um deles, procurando um apoio, de repente deu com o braço do outro. Com o susto, levantaram as cabeças, e suas faces quase se encostaram. Assim foi o encontro.

(Peter Pan, J. M. Barrie, Ed. Hemus, p. 119)

I - Uma Questão Premente

Foi então que Pan comprimiu os lábios contra os de Hook.

Hook levou um susto, mas deixou Pan abraçá-lo e prosseguir. Não era ruim. Quando Pan afastou os lábios, o coração de Hook retumbava em seu peito.

- O que foi isso? - perguntou Hook.

- Um dedal.

- Por que fez isso?

Rindo, Pan se gabou:

- Porque eu sou fantástico!

Aquilo deixou James Hook muito irritado. Quis apagar o riso de Pan com uma ganchada. Mas, acima de tudo, quis silenciar o demoninho capturando-lhe os lábios de novo... Todavia, uma pergunta atormentava Hook com tenazes de ferro: seria aquilo boa educação ou não? Próxima